my friend
Cumprem-se hoje, pelo menos simbolicamente, dez anos que entrei na universidade.
Esta data, mais do que um marco académico, representa a altura em que na minha vida, os pilares estruturais se alteraram.
O curso que escolhi - de forma completamente inconsciente e sem conhecimento do que era e para que servia - porque o nome remetia para aquilo que sempre me tinha fascinado - Ciência Politica - trouxe-me a capacidade de falar demoradamente sobre quase nada, de não me comprometer com uma opinião, porque nunca estudei o suficiente para o conseguir fazer, uma mão cheia de conceitos, analogias e autores e um conhecimento pouco mais profundo que o senso comum de quase todos os assuntos que envolvem a politica, a administraçao, etc.
Tudo isto tem sido fundamental na minha vida profissional, porque são capacidades extremamente uteis e que numa licenciatura sem as caracteristas desta não são ensinadas.
Penso muitas vezes como seria a minha vida se tivesse optado por outra coisa. Se tivesse tirado um curso de Gestão, ou de Medicina ou qualquer outra coisa, que não obrigasse a uma explicação extensa do que é e para que serve cada vez que me perguntam: mas é licenciada em quê? (devo dizer que não é uma explicação muito clara mesmo para mim, que a tenho vindo a estruturar completmanete longe da verdade ao longo destes 10 anos.
Mas a verdade é que ter feito esta escolha foi fundamental na minha vida. Pelas pessoas que me trouxe. Porque na alteração dos pilares estruturais a que me referia, foi ali que fui buscar os que tenho hoje. E por isso tenho a certeza absoluta, que faria tudo da mesma forma. Porque a fazer exceis ou PPTs ou qualquer outra coisa que deveria ter aprendido na Universidade e nao aprendi tenho aprendido com a necessidade.
As pessoas com quem partilho este blog e que me são abolutamente fundamentais porque fizeram da minha vida um lugar muito mais profundo é que não teria encontrado de certeza em mais lado nenhum.
É isso que comemoro hoje. E vou comemorar para o resto da vida.
Esta musica é para vocês.
10.20.2006
10.19.2006
Mangas verdes com sal
Não sei se é pelo mar
pela cor da terra
pela vontade de fugir
ou pela dor de quando o sol queima a pele.
Não sei se é por causa dos gala-gala nas árvores da cidade
pelas papaias doces
ou pelo pôr-do-sol.
Não sei se é pelo nome das ruas e das avenidas
pelos cheiros
pelas pessoas
ou pela chuva.
Não sei se é pela cor das acácias de fogo
pelo roxo dos jacarandás
ou pela fugaz sensação de ser capaz.
Não sei se me encontrei
se me perdi.
Lá estive perto de ti.
Quero voltar.
Curso Ultra-Rápido de Marketing ...
A - CURSO DE MARKETING FEMININO:
1) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante.Chegas perto dele e dizes-lhe:- Sou um fenómeno na cama.Isto é Marketing Directo.
2) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante.Um dos teus amigos chega perto dele e diz-lhe:- Aquela mulher é um fenómeno na cama.Isto é Publicidade.
3) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante. Pedes-lhe o número detelemóvel. No dia seguinte ligas-lhe e dizes:- Sou um fenómeno na cama.Isto é Telemarketing.
4) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante.Tu reconheces este homem.Chegas mais perto dele, refrescas a sua memória e dizes-lhe:- Lembras-te como sou fantástica na cama?Isto é Customer Relationship Management.
5) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante.Levantas-te,arranjas o vestido, aproximas-te dele e ofereces umcopo. Dizes-lhe como é bom o seu perfume, das-lhe os parabéns pelasua boa aparência. Ofereces-lhe um cigarro e dizes-lhe:- Sou um fenómeno na cama.Isto é Public Relations.
6) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante.Ele chega perto de ti e diz-te:- Ouvi por aí que és um fenómeno na cama.Isto é Branding, o Poder da Marca.
7) Estás numa festa e vês um homem muito fascinante.Chegas perto dele e dizes-lhe:- Sou um fenómeno na cama, mostrando-lhe uma mama.Isto é Merchandising.
B - CURSO DE MARKETING MASCULINO:1) Estás numa festa e vês uma gaja toda boa.Chegas perto dela e dizes-lhe:Sou um fenómeno na cama e resisto toda a noite sem parar.Isto é Publicidade Enganosa e é punida por lei.
Porquês_1
Porque é que as pessoas são más?
Porque é que falam do que não sabem simplesmente para dizer mal?
Porque é que fazem juízos de valor sem se preocuparem em ser justos?
Porque é que diminuem os outros simplesmente para se sentirem mais importantes, mais capazes, mais valorosos?
Será auto-estima? Não, esse problema pode ser o meu... o deles é maldade!
10.18.2006
As Mãos e os Frutos
Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos como animais envelhecidos;
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos:
como frutos de sombra sem sabor
vamos caindo ao chão apodrecidos.
Eugénio de Andrade
gastos como animais envelhecidos;
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos:
como frutos de sombra sem sabor
vamos caindo ao chão apodrecidos.
Eugénio de Andrade
Vai passar
Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo
Da velha cidade
Essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Ai, que vida boa, olerêAi,
que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai, que vida boa, olerêAi,
que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geralVai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo
Da velha cidade
Essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Ai, que vida boa, olerêAi,
que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai, que vida boa, olerêAi,
que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geralVai passar
Solidão_1
Quantas vezes damos por nós, sozinhos na multidão, asfixiados por um ar cheio de nada, com vontade de gritar «Deixem-me em paz!»? Ao mesmo tempo medigamos o carinho de uma mão terna que nos afague a cabeça e de uma voz doce e quente que nos diga «Vai passar!»...
A chuva cai lá fora. O temporal não passa. Ouço o estrondo dos trovões... sempre tive medo de trovoada! Toda a gente sabe disso. Toda a gente sabe dos meus medos. Ouço mais um trovão. Sou forte - «deixem-me em paz!». Por dentro tremo, tremo como em criança... como sempre. «Vai passar!»
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