1.20.2007

Montreux Jazz Festival - Elis Regina - Garota de Ipanema

Faz hoje 25 anos que o Brasil acordou sem uma das suas melhores vozes de sempre.
Faz hoje 25 anos que morreu aquela cujo brilho nos continua a fazer sentir vivos.
Faz hoje 25 anos que se calou a voz que ainda hoje nos faz sentir mais iguais, mais únicos, mais doces e mais amargurados.
Faz hoje 25 anos que morreu Elis Regina.



1.19.2007

Da televisão_1



Tenho acompanhado com alguma atenção o concurso “os Grandes Portugueses”.
Sei que este formato teve muito sucesso noutros países, e chegou a Portugal depois de ter sido testado em países mais civilizados e com maior conhecimento da sua história e das personalidade que a compõem.

Contudo, parece-me que o formato está completamente desenquadrado da realidade Portuguesa. Diria mesmo mais, o formato é desinteressante e até de alguma forma deselegante para com a nossa tradição.

Se há passatempo em Portugal que foi elevado à categoria de arte, e no qual nos temos vindo a aperfeiçoar é sem dúvida o mal dizer. Nada é tão prazeroso e agradável, passatempo salutar para toda a família, como devassar a vida alheia, com base em pressupostos morais e éticos criados ou recriados apenas para o efeito.

Qualquer Frase começada com “diz-se que” imediatamente enceta este desporto nacional, e pouca gente é imune ao prazer de acrescentar um facto ou uma opinião.

Mesmo os que não gostam de dizer mal dizem mal dos que gostam de dizer mal. Toda a gente critica ou ridiculariza a porteira que mantém a porta permanentemente aberta e a cada toque de campanhia vem “só para ver quem é”.

Desta forma, acho sinceramente que para Portugal o formato deveria ser transformado em “os Piores Portugueses”. Nada faria mais pelo conhecimento geral da nossa história.

Consigo imaginar o frenesim em busca dos velhos manuais de história, na louca corrida aos podres das personalidades de outrora. O esgrimir de argumentos, a escola de conhecimento cientifico do amigo do primo da senhora que lhe limpava a casa versus o conhecimento empírico do dono da pastelaria onde o senhor bebia amiúde a bica e pedia o invariável segredo associado a qualquer facto que se quer rapidamente divulgar.

Não tenho a mínima dúvida que mesmo com esta alteração a lista final poderia manter-se a que foi divulgada no domingo passado, mas o envolvimento popular seria sem dúvida muito mais efectivo.

Antecipo já claques organizadas pelo país, com recurso à internet, ao sms ou mesmo à pagina de anúncios pessoais da Ana +Atrevida, apenas para defender a sua personalidade que era mesmo mesmo a pior de todas, com argumentos tão convincentes como:

- porque bateu na mãe e matou os mouros, para além de ainda roubar aos primos e aos tios;
- porque comeu mais criancinhas ao pequeno almoço e tinha as sobrancelhas grandes;
- porque para alem de torturar e prender mais gente ainda dormia com a empregada;
- porque descobriu mais terra só para escravizar mais gente, comia com as mãos e deixou-se enganar pelos espanhóis;
- porque se ele não tivesse descoberto o caminho marítimo para a Índia, o Martim Moniz ainda era nosso e desconfio que tanto tempo no mar devia ser maricas;
- porque para além de nunca ter percebido bem que só podia ter um nome, passava a vida em cafés, era bêbedo e morreu de cirrose;
- porque diz-se que foi ele que encomendou o terramoto e o maremoto e tinha um ar um bocado apaneleirado com aquela cabeleira manhosa;
- Porque diz-se que foi para Sagres só para ficar mais perto das discotecas em albufeira e ainda inspirou o padrão dos descobrimentos;
- Porque inferniza todas as gerações de portugueses com a pessegada dos Lusíadas, que nem bonecos tem;
- Porque apesar de ajudar os judeus, o que enfraquece a sua candidatura, era emigrante em frança, e não comprou um mercedes branco nem foi ao concerto do Tony Carreira no Olympia.

Posto isto, peço sinceramente á RTP que, em nome da cultura e do serviço público a que nos tem habituado nos últimos cinquenta anos reconsidere a alteração do Formato. E já agora inclua também na votação a apresentadora e alguns dignos defensores das personalidades em causa.

1.17.2007

Do Sim_1

(gentilmente roubado do "Arrastão")



A problemática do Aborto resumida ao que é fundamental:

"(...) "Fazer um aborto" é uma expressão corrente, que se pronuncia a maior parte das vezes sem qualquer timbre valorativo. Como quem fala de funções corporais. O facto de haver uma lei a dizer que não é assim significa que, apesar da correnteza, se pretende ver consagrado um estatuto de cidadania ad hoc para quem vive nos corpos cujas entranhas são nidificáveis reprodutivamente. Esses corpos seriam, pois, objecto de expropriação legal.
Contudo, "fazer um aborto" é uma expressão corrente. Discutir a legitimidade do aborto é como discutir a legitimidade de funções corporais. A legitimidade da proibição legal é que tem de ser demonstrada."

In http://meuserevaporei.blogspot.com/2007/01/fazer-um-aborto.html

1.15.2007

Erros destes... Não, obrigada!


"The Singing Butler", de Jack Vettriano, é a obra de arte europeia mais reproduzida.

Ao contrário do que afirma Maria José Nogueira Pinto na Pública de 6 de Novembro, Jack Vettriano não é um pintor americano dos anos vinte - Nasceu na Escócia em 1951.

O Singing Butler foi pintado em 1992 e encontra-se nas mãos de um coleccionador privado e não em exibição no Boston Museum of Fine Arts, como afirmado por esta sumidade da arte contemporânea. Como diria um amigo meu:

Não estudou... não sabe!