De todos os sentimentos humanos, o amor é o mais inexplicavel.
É o unico sentimento cuja ausência é tão forte como a presença... e quando surge é sempre acompanhado da sensação de milagre e ao mesmo tempo de inevitabilidade.
E é o único que nos transforma em crianças risonhas e travessas - como se o segredo que guardamos fosse capaz, pela sua importância - de transformar o mundo num lugar melhor.
1 comentário:
Gostava de acreditar que o amor pode ser eterno, que a paixão pode ser eterna. Logo me dizem: o amor fica, a paixão vai. Como se o amor que ficasse fosse também um sentimento morno entre a habituação e um companheirismo quase fraternal desprovido de carga sexual. Não obrigado. Não quero esse amor fraterno – para isso é que tenho irmãs e amigos e pais – e acho cada vez mais que é possível amar eternamente com borboletas a esvoaçar por todo o lado.
É preciso que logo à partida elas existam, é preciso que logo à partida exista uma tal cumplicidade imediata que resulte numa predisposição natural ou mesmo numa vontade inabalável de permanecer. ‘É urgente o amor. É urgente permanecer’. Permanecer é diferente de ficar ou de ir ficando. Permanecer implica lutar para que as borboletas permaneçam mesmo nos dias mais cinzentos. Permanecer desta forma – não ir ficando, não deixar andar – é a maior prova de amor e paixão.
Desejo com todo o amor fraterno que tenho por ti, que consigas reeditar o teu milagre todos os dias com a inevitabilidade de uma cumplicidade tão estranhamente forte, como – espero – real.
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