11.03.2006

Da condição humana


"O grande mistério não é termos sido lançados aqui ao acaso, entre a profusão da matéria e das estrelas: é que, da nossa própria prisão, de dentro de nós mesmos, conseguimos extrair imagens suficientemente poderosas para negar a nossa insignificância."
André Malraux, in A Condição Humana, 1933.

o peso da nossa insignificância mede-se mais pela forma como projectamos sobre nós a opinião dos outros do que pela nossa opinião de nós próprios.
Existe em cada um de nós uma necessidade de reconhecimento. Funciona como uma força motriz de nos permite sentir parte de algo, ou que alimenta a nossa intrinseca necessidade de individualidade. O nosso caracter unico.
A perseguição continua de amor não é mais que uma garantia que seremos perpectuados no sentimento e na recordação dos que perduram após nós. Nascemos, na maior parte dos casos com uma garantia de grupo e de pertença, e é sobretudo o medo de ficar sozinhos que nos empurra para perseguição continua de afectos.
O ser humano está condenado a alternar entre a necessidade da sua individualidade e o medo da solidão.

1 comentário:

Unknown disse...

Ví o seu blog quase que por acidente. Muito bonito. Vou passar a espiá-lo.
Ciao